quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

São Paulo, rogai por nós!

São tantos os prédios que com suas janelas observam atentamente o corre-corre da megalópole que nunca dorme e sempre amanhece trabalhando.

São tantos os carros circulando pela cidade que por muitas vezes parecem transformar as ruas em caudalosos e coloridos rios, porém, são tantas as chuvas que em poucos momentos os veículos são reduzidos a ilhotas formando um arquipélago com alguns náufragos indignados.

São poucas árvores que juntamente com algumas flores pincelam a paisagem quase sempre pintada em um degradê acinzentado.

São tantos os sotaques, as falas, as gírias, as línguas que quando vô dá uma spiada na gianella e, vejo o rapaz que corre tentando se proteger do temporal sob seu guarda-chuva made in China me questiono Tupy or not tupy?!

São tantas pessoas, são tantos os lugares, são tantas coisas, são tantos olhares, são, são ... São Paulo!

Mosaico em estilo bizantino retratando o apóstolo Paulo. Localizado no interior da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção de São Paulo, paulistana e popularmente conhecida como Catedral da Sé, situada na Região Central da cidade em frente ao Marco Zero (vale o passeio!)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Photográfica Poética Paulistana

Esta es una homenaje a mi amigo Diego Montecino, viva nuestra patria Bolivia!


Yo soy un guapo boliviano da Kantuta, pero puede llamarme de Brazuca! \º/

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Photográfica Poética Paulistana


Dança o preto, dança o velho
balança o azul e o amarelo
na terra onde o estrangeiro diz uai
também se dança o candombe do Uruguai



Afrolatinidade na miscelânea paulistana!

domingo, 22 de janeiro de 2012

sábado, 21 de janeiro de 2012

Photográfica Poética Paulistana


Na terra dos mil povos, a beleza renasce a cada esquina, pode ser do alto do Martinelli ou na recriação de Boticelli.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Photográfica Poética Paulistana

Às vésperas do aniversário da Big Apple paulistana resolvi dar um presente à cidade, a Paulicéia sob o meu olhar, a cada dia até dia 25 de janeiro uma foto e uma legenda sobre um momento em Sampa.

Um recorte,
vários mundos!
Um instante,
diversos sentimentos!
Um olhar,
muitas leituras!
Um click!



São Paulo, palco de todas as artes, acomode-se e bom espetáculo!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Poeticamente Paulistano

Sentir-se estrangeiro na cosmopolita São Paulo não é algo incomum. Várias bancas de jornal estampam manchetes em diversos idiomas, algumas vitrines conferem à terra da garoa um ar de big apple e, na miscelânea do Bom Retiro alguns letreiros parecem indecifráveis. Se aventurar na poesia paulista é sorver a diversidade e retratar uma identidade multifacetada como a que descobri após esboçar algumas linhas em face da musa concreta paulistana.

Iracema globalizada
Sábado, píres, xícara, chá
Bazar, fulana, papel
Quitanda, limão, samba,
Amém.

Em trânsito
lá cruzes, cores, sabores
e ... amores!
Aqui apenas um baú
chamado coração.
Um dia um vento soprou uma antiga canção
em meus ouvidos, fechei os olhos, abri o coração
e saboreei uma deliciosa sensação que me disseram
chamar SAUDADE!

Arabescos
Diante de mim está o rei
e, pede-me para que complete o poema.
Mas como cantar o amor que une os povos e deseja apenas atingir sua plenitude, se a areia que meus pés desejam pisar tingem-se de um inocente carmim?
Meu rosto mais uma vez toca o chão, não sei se é para lá que devo olhar, não!
Não olho, silencio e espero que venhas para completar nosso poema.

Dentro de mim tem um mar
um mar de gente
que canta em línguas diferentes
gente que dança ao som de instrumentos que não conheço, seus corpos são coloridos, seus olhos brilhantes, estão todos em uma grande roda com movimentos graciosos e acolhedores. Tudo é uma grande festa dentro de mim!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

" ... São, São Paulo, meu amor ..."

Na infância não costumava driblar outros meninos de minha idade pelos campos e ruas do bairro, mas passava horas brincando de dar aulas aos meus primos mais novos. Quando me tornei adulto desejei ser poeta, mas é o funcionalismo público que me assegura a sobrevivência e que justifica minha ausência neste blogue, mas agora aproveitando o mês de aniversário da big apple paulistana, volto a rascunhar algumas linhas. Essa relação conturbada entre burocracia e poesia me traz à memória uma figura genial, Carlos Drummond de Andrade!
Tenho duas grandes paixões a poesia e a cidade de São Paulo, embora fosse mineiro muitos versos de Drummond parecem ilustrar a cidade mais cosmopolita do país, como o poema-pílula:
Cota zero
Stop.
A vida parou
ou foi o automóvel?
Quantas vezes o caótico trânsito nos coloca diante de nós mesmos e então descobrimos que somos capazes de muito mais coisas do que sonhava a vã filosofia dita pelo poeta!
Há outro verso paulistaníssimo “caminho por uma rua que passa em muitos países” do poema Canção Amigo, já musicado por Milton Nascimento. Mas talvez o poema mais conhecido de Drummond, ilustre ipsis litteris a terra da garoa em diversas localidades “no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho” com direito as mais diversas interpretações da célebre pedra!
“ Êh, São Paulo, êh São Paulo, São Paulo da garoa, São Paulo que terra boa ...” (Êh, São Paulo – Alvarenga e Ranchinho)
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