sábado, 26 de janeiro de 2013

Poema Pluviométrico

Ela estava longe, mas pediu ao vento seu companheiro que nos avisasse de sua breve chegada. Ao chegar trouxe consigo a poesia
Chooooove.
Choooooove.
Chooooooove.
Choooooooove.
Chooooooooove.
Choooooooooove.
Chuvão!
Chuvão!
Chuuuva!!
CHOVe.
CHOve.
CHove.
Chove.
chove.
cho ... ve ...
cho ... ve ...
cho ... ve ...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

São Paulo de todos os povos rogai por nós!

Há um tempão li um texto do Gilberto Dimenstein que relacionava a taxa de civilidade de uma cidade ao tamanho de suas calçadas, não me recordo ao certo o foco do texto, mas penso ser o mau estado de conservação bem como a falta de padrão das calçadas na cidade de São Paulo, pedestres muitas vezes são obrigados a transitar pelas ruas ao passo que as calçadas com buracos, árvores, amontados de lixos e desníveis os impendem de fazer uso do passeio público, o problema se agrava quando os que se utilizam das calçadas são idosos, cadeirantes ou pessoas com mobilidade reduzida. Embora este problema seja pauta de diversos órgãos públicos, relembrei do tema ao me deparar com uma calçada que estampava o famoso mapa geometrizado do estado de São Paulo, criado na década de 1960 pela então desenhista da Secretaria de Obras, da Prefeitura de São Paulo, Mirthes dos Santos Pinto, um rascunho sem muita pretensão tornou-se um dos mais conhecidos símbolos da paulistanidade. O rápido registro da calçada deixou meus olhos mais atentos e, em uma caminhada rápida pelas imediações localizei outras quatro calçadas estampando o ícone da paulicéia!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

São Paulo de homens e améns - De los Andes

Em 2012 fiz uma série chamada Photográfica Poética Paulistana em homenagem à cidade de São Paulo, este ano optei por uma perspectiva Para finalizar a série São Paulo de homens e améns pensei no sincretismo religioso-cultural vindos dos Andes que aterrissou na terra da garoa e se mescla à paisagem paulistana. Na cultura andina em 24 de janeiro é celebrado el ekeko, deidade da abundância. Pela manhã as pessoas compram representações em miniatura dos sonhos e esperanças que almejam para aquele ano e ao Meio-dia recebem a bênção de um sacerdote aimara e um sacerdote católico. A festa remonta o final do século XVIII, foi instituída em comemoração a resistência da cidade de La Paz ao cerco comandado por Túpac Katari e que durou 109 dias. Infelizmente por questões laborais nunca participei da festa, mas quando estive em Arequipa, Peru encontrei-me com el Ekeko e “bati um papo” com ele!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

São Paulo de homens e améns - Rússia

Continuando a navegar na onda eslava lembrei-me de uma visita que fiz à Paróquia Santíssima Trindade, comunidade cristã ortodoxa russa na Vila Alpina, revirei meus arquivos e achei algumas fotos:

À comunidade russa nós paulistanos entoamos um grato e sonoro SPASIBA! Muito obrigado por nos apresentar e compartilhar sua rica cultura!

Quando eu crescer (risos) quero ser fotográfo ...


Embora seja um estilo de versos surgido na Irlanda, tentei rabiscar um limerique como forma de homenagem à comunidade russa, são cinco linhas, três versos rimando, o primeiro, o segundo e o quinto; o terceiro e o quarto, mais curtos, rimam entre si. Conheci os limeriques lendo Tatiana Belinky, nascida em São Petersburgo chegou ainda criança no Brasil e ao longo de seus quase 100 anos escreveu dezenas de livros que continuam a encantar crianças, jovens e adultos apaixonados pelas letras ...


Benjamin, o meu peixinho
é todo engraçadinho!
Dá pirueta
e faz careta
e nem fica vermelhinho!
(tá eu sei a foto do Benjamin tá ruim, mas era a única que tinha dele!)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

São Paulo de homens e a améns - Lituânia

Na cidade de São Paulo, a Vila Zelina, localizada na Zona Leste, é um importante e tradicional núcleo da comunidade lituana e seus descendentes, na principal praça do bairro, chamada República Lituânia, ergue-se solenemente singela a igreja São José, com sua típica arquitetura lituana servindo à fé da comunidade; a frente da comunidade encontra-se uma cruz ricamente ornamentada com elementos da natureza, prática comum em terras lituanas.
Nem mesmo a distância geográfica é capaz de romper os vínculos afetivos entre a cidade de São Paulo e a capital lituana Vilna. Aqui na terra da garoa, mais especificamente no rincão lituano, Vila Zelina, há uma réplica do Monumento à Liberdade, que em Vilna foi destruído pelos russos e reconstruído após a independência lituana.
Além de afetivo mantemos o laço artístico, em 1923 aportou em terras brasileiras o pintor, desenhista e escultor lituano, Lasar Segall que declarou ter conhecido no Brasil o “milagre da luz e da cor”. Além do colorido brasileiro, a obra de Segall é marcada pelo sofrimento humano, a humanidade sob os algozes da própria humanidade. A contemplação de sua obra é um convite a refletirmos os limites do homem, o que me faz pensar ser o amor o único elemento capaz de transcender esses limites. Vasculhei em meus arquivos alguma foto de alguma obra do Segall, mas não encontrei, então recorri ao Centro da Cultura Judaica, um lugar incrível, que já acolheu um linda exposição do Segall, e sendo ele judeu, com click da grande Torá erguida na Oscar Freire, presto minha homenagem.

domingo, 20 de janeiro de 2013

São Paulo de homens e a améns – Ucrânia

A quarta maior comunidade de ucranianos e seus descendentes fora da Ucrânia encontra-se no Brasil, 80% estão no Paraná.
Em São Paulo há uma pequena, porém, organizada comunidade, cuja religiosidade manifesta-se na igreja Nossa Senhora da Glória, localizada na Vila Bela, Zona Leste da cidade, com sua típica cúpula bizantina além do monumento erigido em comemoração ao primeiro milênio do Cristianismo na Ucrânia.
Nas terras dos amarelos trigais e céu azul nasceu a ucraniana mais brasileira que conhecemos, fez da literatura o Norte de sua busca pela essência humana, Clarice Lispector!

sábado, 19 de janeiro de 2013

São Paulo de homens e a améns - Islã

Presentes no Brasil desde a chegada de Pedro Álvares Cabral, os islâmicos compõem a paisagem religiosa de muitas cidades no país, só na capital paulista há cerca de 10 mesquitas, incluindo a Mesquita Brasil, a primeira construída na América Latina, com início das obras em 1929 e inaugurada em 1952. Um click no interior da Mesquita Brasil.
E por falar nas bandas do Oriente, certa vez participei de um curso de Contação de Histórias na Bibliaspa (Biblioteca/Centro de Pesquisa América do Sul - Países Árabes), em um dado momento perguntei onde ficava o banheiro me indicaram uma sala, na qual entrei cuidadosamente, pois até hoje não sei o que estava escrito na porta, veja:
Não pude deixar de registrar a pintura existente no muro da Bibliaspa, mas não me perguntem o que está escrito em árabe, ah, se alguém souber me avise!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

São Paulo de homens e a améns - Embu das Artes

Sou um curioso assumido! E vasculhando arquivos e mais arquivos e localizei mais três fotos do Museu de Arte Sacra de Embu das Artes (Igreja Nossa Senhora do Rosário). Além das fotos há uma outra passagem do livro Embu, terra de artes e berço de tradições, do historiador Moacyr de Faria Jordão muito interessante a qual transcrevo: "Segundo Manoel da Fonseca em seu livro 'Vida do Venerável Padre Belchior de Pontes', a aldeia de M'Boy estava formada em huma ladeira pouco alcantilada, mas com pouca vista; porque os montes, de que estava cercada, lhe impediam, ainda que os pinheiros, que lhe formavam huma como muralha, a fizeram vistosa a quem nela entrava', o Padre Pontes 'a mudou para outro(local) pouco distante, no qual, ainda que havia a mesma inconveniência da vista pela vizinhança dos montes, ficava contudo assentada em hum plano cercado de ribeiras' ... - e acrescentava: 'Fabricou-lhes igreja com suficiente capacidade, para que os Índios, e vizinhos pudessem comodamente observar os preceitos, a que estão obrigados.'" página 97
Vejam a singela beleza do campanário na foto acima.

São Paulo de homens e a améns

Na manhã de 25 de janeiro de 1554 o padre jesuíta Manuel de Paiva diante de um altar improvisado em uma construção de pau-a-pique celebrou a primeira missa naquela que mais tarde se tornaria a mais importante cidade do país: São Paulo! Fundada sob o signo da fé, a cidade de São Paulo reflete seu cosmopolitismo na religiosidade que se revela a cada esquina como veremos nesta série de olhares sobre a espiritualidade na terra da garoa. Achei legal começar esta série com a Igreja Nossa Senhora do Rosário, hoje Museu de Arte Sacra de Embu das Artes, embora esteja localizada na Região Metropolitana, há uma importante relação entre a igreja e a capital paulista. A Igreja foi construída em taipa de pilão pelo Padre Belchior de Pontes entre os séculos XVII e XVIII nas terras doadas em testamento aos padres jesuítas por Catarina Camacha, esposa de Fernão Dias Pais, o moço. Trabalho nesta cidade de artes e arteiros há muitos anos e hoje descobri que tenho apenas uma foto deste histórico e belo monumento.
Vasculhando a estante de casa achei o livro Embu, terra de artes e berço de tradições do historiador Moacyr de Faria Jordão e na obra há um trecho do testamento em que cita as terras doadas à Companhia de Jesus e faz referência à igreja de Nossa Senhora do Rosário: "Declarou que na sua fazenda de Bohy tinha hua igreja da Virgem do Rozario muito bem aparamentada pedia e rogava a seos herdeiros a conservem e augmentem soleminzando o seo dia quanto for possivel" Eis a história que se faz memória!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Ano Novo, Poesia Nova

Em casa de chilenos e na companhia de um peruano assim dei as boas-vindas ao novo ano. A beira mar a poesia foi inevitável: O mar. Ah, o mar! É tanto mar que sozinho não alcanço contemplar. O mar é grande, a Praia é Grande, o sentimento embalado ao sabor das ondas, ah ... esse é imenso! Intenso como o sol que ardentemente se deita sobre o mar e este desposado serpenteia-se em ondas de prazer. O mar. Ah, o mar!
Detalhe de um quadro que dava as boas-vindas aos hóspedes da casa!
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