segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Poeticamente Paulistano

Sentir-se estrangeiro na cosmopolita São Paulo não é algo incomum. Várias bancas de jornal estampam manchetes em diversos idiomas, algumas vitrines conferem à terra da garoa um ar de big apple e, na miscelânea do Bom Retiro alguns letreiros parecem indecifráveis. Se aventurar na poesia paulista é sorver a diversidade e retratar uma identidade multifacetada como a que descobri após esboçar algumas linhas em face da musa concreta paulistana.

Iracema globalizada
Sábado, píres, xícara, chá
Bazar, fulana, papel
Quitanda, limão, samba,
Amém.

Em trânsito
lá cruzes, cores, sabores
e ... amores!
Aqui apenas um baú
chamado coração.
Um dia um vento soprou uma antiga canção
em meus ouvidos, fechei os olhos, abri o coração
e saboreei uma deliciosa sensação que me disseram
chamar SAUDADE!

Arabescos
Diante de mim está o rei
e, pede-me para que complete o poema.
Mas como cantar o amor que une os povos e deseja apenas atingir sua plenitude, se a areia que meus pés desejam pisar tingem-se de um inocente carmim?
Meu rosto mais uma vez toca o chão, não sei se é para lá que devo olhar, não!
Não olho, silencio e espero que venhas para completar nosso poema.

Dentro de mim tem um mar
um mar de gente
que canta em línguas diferentes
gente que dança ao som de instrumentos que não conheço, seus corpos são coloridos, seus olhos brilhantes, estão todos em uma grande roda com movimentos graciosos e acolhedores. Tudo é uma grande festa dentro de mim!

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