quinta-feira, 26 de junho de 2014

A fúria da Fúria!

A seleção espanhola, uma das favoritas, levou um olé e voltará mais cedo para casa.

Fui presenteado com o livro Platero e eu, um clássico da literatura espanhola, do prêmio nobel Juan Ramón Jiménez. O autor nos convida a olharmos o mundo sob as lentes da poesia, pois assim mesmo sendo a caminhada longa ou a paisagem triste, sempre haverá algo que nos fará seguir adiante.

" A lua, que sobe redonda sobre a ermida de Montemayor, foi se derramando suavemente pelo prado, onde ainda perambulam vagas claridades do dia; e o chão florido parece agora de sonho, como renda primitiva e bela ..."

"La luna, que sube, redonda, sobre la ermita de Montemayor, se ha ido derramando suavemente por el prado, donde aún yerran vagas claridades del día; y el suelo florido parece ahora de ensueño, no sé qué encaje primitivo y bello ..."

Colômbia, show de bola!

Pela quinta vez em mundiais a Colômbia bate um bolão dentro e fora dos campos. Alguns entendedores do assunto, afirmam que seu grupo era um dos mais fracos no campeonato, animados pelas multitudinária torcida, a seleção venceu os três primeiros jogos da primeira fase e avança para as oitavas de final.

A relação entre Brasil e Colômbia é prazerosa no sentido freudiano da palavra! Uma das paixões brasileiras, as telenovelas, já tiveram muitas cenas de amor embaladas por canções de um dos mais famosos cantores colombianos, Juanes. Além dele outra colombiana faz o Brasil se requebrar, Shakira, que no último mundial emplacou o hit waka-waka e que esse ano embora não faça parte do playlist da copa, sua canção Dare la la la, fez muita gente entrar no clima futebolístico com muita ginga. Laureado com o Nobel de Literatura, Gabriel Garcia Marquez, nos deu grandes deleites literários e quanto mim fez-me perder o rumo na mítica Macondo. Uma de suas obras, O amor nos tempos do cólera, foi levada às telas do cinema com trilha sonora de Shakira e no elenco a brasileira Fernanda Montenegro. Não me permito deixar de registrar as inconfundíveis obras rotundas de Fernando Botero. O que poucos brasileiros sabem é que as controversas UPP’s (Unidade de Polícia Pacificadora) do Rio de Janeiro bem como os teleféricos instalados em algumas comunidades cariocas foram inspirados em projetos colombianos, anseio para que as magistrais bibliotecas de Medellín inspirem nosso governo a fomentar locais e ações de prática da leitura, para que juntos possamos ler o mundo e a palavra.

Que viva a Colômbia!

Balcãs dentro e fora do campo

Entre as 32 seleções que disputam o Mundial de Futebol, há apenas uma estreante, a européia Bósnia-Herzegovina.
Independente desde a década de 1990, antes junto a outras repúblicas entre elas a Croácia, adversária do Brasil no jogo de abertura, o país vem de uma conhecida escola de futebol, a Iugoslávia, nação presente em muitos mundiais, fragmentada após o regime comunista sofrer um colapso.

Em uma pesquisa rápida notei que a única relação entre Brasil e Bósnia é o desejo de vencer o campeonato mundial, não localizei monumentos, restaurantes ou personalidades bósnias por essas bandas. Resolvi arriscar dando um último chute acessei ao site do correios e encontrei um placar desfavorável à Bósnia, no Brasil há apenas 03 ruas que levam seu nome, ao passo que Croácia conta com 13 logradouros e antiga Iugoslávia bate as duas com 30 denominações de via. A título de curiosidade pesquisei também o nome Sérvia, antiga república Iugoslávia, adversária do Brasil no último amistoso anterior à copa, localizei 08 logradouros com este nome e entre eles um “Sérvia e Montenegro”, com o fim da Iugoslávia, as duas repúblicas formaram uma confederação, mas em 2006 tornaram-se independentes.

Eliminados na primeira fase os países balcânicos voltam à Europa sem a Taça!


quarta-feira, 25 de junho de 2014

E a Bolívia bate um bolão!

As seleções latino-americanas têm empolgado suas numerosas torcidas que invadiram e coloriram a terra brasilis.

Embora não estejam na disputa pela taça, os bolivianos já são parte da paisagem paulistana, compõem o segundo maior grupo de imigrantes na cidade. A Praça Kantuta, localizada na Região Central de São Paulo, aos domingos transforma-se em um estado além-fronteira da Bolívia, milhares de imigrantes vão ao local para comprar produtos hechos en Bolivia, dançar, encontrar os amigos e juntos saborearem as delícias da culinária boliviana, como as suculentas salteñas ou picantes pucakapas, empanadas generosamente recheadas. Passear pela Feira Kantuta é romper as cercas e descobrir que no quintal do vizinho também há milhos saborosos!



Caminhando pela feira encontrei um grupo de peruanos que se uniram aos bolivianos para torcerem pelo Brasil no mundial.

A feira é realizada na Praça Kantuta, s/n° Canindé, pertinho da estação Armênia do metrô. Recomendo as salteñas y pucakapas da barraca Los Caporales, deliciosas!

Fica a dica!

terça-feira, 24 de junho de 2014

O dia azul!

A cor do dia foi azul para todos no Reino do Futebol.

A torcida inglesa foi tingida de blue, não no sentido que comumente atribuímos à palavra, ou seja, a cor do círculo de nossa bandeira, mas de tristeza, pois carimbou seu passaporte de volta à terra da rainha após o jogo contra a zebra costa-riquenha.

Simultaneamente a Celeste e a Azurra travavam uma tensa batalha na qual somente a vitória interessava, sob o céu azul de brigadeiro, a seleção uruguaia levou a melhor e despachou a italiana à Europa novamente.

Rivais, certamente os franceses torciam pela derrota italiana, porém, não podiam gritar seu famigerado coro allez le bleus , pensando bem podiam animar o jogadores uruguaios com allez le bleus! E aos italianos dizendo: allez le bleus (pour la Maison ...)


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Brasil e Camarões

Entre os adversários do Brasil, está Camarões, país africano, terra de Roger Milla, jogador famoso por sua dança que hoje décadas depois descobri chamar-se makossa, sempre após os inesquecíveis (adjetivo por conta do meu irmão “entendedor” do assunto) gols marcados em copas passadas.

Reaberto recentemente o Museu da Imigração preparou uma série eventos temáticos relacionados aos países adversários do Brasil na primeira fase. Ontem foi a vez de Camarões, e a instituição realizou uma oficina de culinária africana e apresentado ao público um típico e apreciado prato camaronês o DG. Seu nome na verdade são as iniciais de Director General, pois é comum atribuir sua criação à necessidade que diretores e executivos tinham de repor suas energias após um animado happy hour com algumas garotas, sim, digamos entretenimento adulto! Composto de galinha, banana da terra, pimentões, tomates, cenouras e temperos, o prato é simples, prático e saboroso, porém, indigesta será a volta dos camaroneses à África, após o confronto com os donos da casa.




O prato foi apresentado pelo chef Dudu Ribeiro do restaurante Biyous’z, restaurante especializado em culinária africana aqui na terra da garoa, parece-me que o único!



Ficou com vontade? O restaurante Biyou'Z fica na alameda Barão de Limeira, 19/a no Centro de São Paulo. O Museu da Imigração é uma opção imperdível, ao lado da estação do metrô Bresser-Mooca, o museu está na rua Visconde de Parnaíba, 1316 Mooca.

Apita o árbitro!

Em meio à greves, passeatas e atos de vandalismo, declarou-se aberto o campeonato mundial de futebol, sim o sujeito que inaugurou é indeterminado, pois, nem a chefe da nação tampouco o presidente da entidade máxima do esporte-paixão-mundial se pronunciaram a fim de evitar constrangimentos, porém, ainda que disfarçado pela mídia, os primeiros gritos da torcida não foram o famigerado gooool!!, mas um coro ofensivo à presidente.

Meus conhecimentos acerca do esporte bretão limitam-se, a saber, que são onze jogadores de cada lado e que o objetivo é fazer com que a bola atravesse as traves localizadas nas extremidades do campo, só grito gooool!! porque falta, pênalti ou o incompreensível impedimento, nem sei o que são e ponto final.

Neste ano pensei em fazer algo diferente, conhecer ainda que sem sair de São Paulo, os países participantes desta edição do mundial, como? Não sei, mais irei compartilhar no blogue, a minha Copa do Mundo.


Alea jacta est!
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